quarta-feira, 11 de julho de 2012


      Uma Política de Rendimentos que promova o Crescimento e a Justiça Social

O Tribunal Constitucional decidiu que deve ser posto fim, em 2013, aos cortes do 13º e 14º mês 
dos trabalhadores da Administração Pública e do  Sector Empresarial do Estado, bem como dos 
pensionistas do sector público e privado, por razões de proporcionalidade e equidade.
Fez-se justiça, embora tarde e de maneira parcial.
Esta decisão não afecta o Orçamento de Estado de 2012 e exige uma profunda reflexão sobre o 
grande impacto social dos sacrifícios que estão a ser exigidos a trabalhadores e pensionistas, bem 
como das suas consequências negativas sobre o crescimento económico.
Como consequência destas medidas existe um aumento acelerado do desemprego no sector 
privado e nos jovens à procura do primeiro emprego e uma redução acentuada dos salários e 
pensões e uma diminuição acentuada dos salários nas novas admissões, numa política inaceitável 
de empobrecimento de trabalhadores e pensionistas.
O Secretariado Nacional da UGT,  reunido em 10/7/2012, decide:
1. Saudar a decisão do Tribunal Constitucional, não concordando que a mesma não produza 
imediatamente efeitos.
2. Exigir que futuras medidas não continuem a incidir exclusivamente sobre trabalhadores e
pensionistas, mas antes sobre os detentores de meios de riqueza e  através da redução dos 
benefícios fiscais de que gozam muitos sectores, que conduzem a uma taxa de IRC muito 
inferior à legal.
3. Recomendar que seja ponderado o alargamento do período de ajustamento com a Troika, 
com consequente disponibilidade de recursos financeiros para o crescimento económico e 
com redução dos níveis de sacrifício exigidos aos trabalhadores e pensionistas.
4. Exigir a dinamização da negociação colectiva nos sectores público e privado e a rápida 
publicação das portarias de extensão e da portaria das condições de trabalho.
5. Propôr que em sede CPCS seja discutida uma política de rendimentos que tenha em conta:
 A necessidade de actualização do salário mínimo nacional;
 Um  aumento de salários, visando uma justa distribuição da riqueza criada, com ligação 
aos aumentos de produtividade;
 O fim dos congelamentos salariais e das pensões no sector público.
Lisboa, 10 de Julho de 2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

UGT EXIGE AÇÃO RÁPIDA CONTRA CONCURSOS NA SAÚDE


A UGT não pode deixar de manifestar a sua total oposição à forma como vêm decorrendo os
recentes concursos de integração de novos profissionais na área da Saúde (médicos,
enfermeiros).
A UGT considera inadmissível que a forma normal desses concursos seja a da contratação
externa de empresas prestadoras de serviços, a qual deve revestir-se de carácter
absolutamente excecional e devidamente fundamentado. Tais concursos indiciam uma clara
violação dos princípios legais e constitucionais, nomeadamente o de igualdade de acesso à
Administração Pública.
Igualmente inaceitável é que tais concursos se rejam pela regra do mais baixo custo, não
sendo fixado um valor mínimo para a remuneração dos profissionais da saúde que atenda à
sua qualificação e especialização e em clara violação da lei que estabelece o salário mínimo
nacional.