Foi ontem dado a conhecer na imprensa escrita a posição da Direcção do SNPVAC (Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil), sobre o referendo aos seus associados para decidirem sobre a desvinculação da UGT.
É uma decisão legítima do Sindicato e da sua Direcção.
O que nos parece abusivo e desleal, para além de não corresponder à verdade, é usar o nome do Secretário-geral da UGT como argumento para conduzir os associados do SNPVAC a uma decisão há muito tempo desejada pela Direcção.
Nunca existiu qualquer conflito entre este Sindicato e a Central Sindical desde que Carlos Silva assumiu funções de Secretário-geral em 21 de Abril de 2013. Aliás, foi visível a presença do Secretário-geral da UGT e de vários dirigentes nacionais no dia 30 de Outubro de 2014, à porta do terminal de tripulações e do hall de entrada do terminal 1, em solidariedade com a greve decretada pelo SNPVAC pelo cumprimento do Acordo de Empresa.
A mentira é ligeira, mas tem perna curta.
Utilizar o nome do Secretário-geral da UGT para justificar a inabilidade e incompetência de uma Direcção é uma atitude que demonstra má-fé.
Atirar para cima de nove sindicatos, alguns dos quais filiados na UGT, a culpa de ter sido denunciado o Acordo de Empresa e de estarem mancomunados com o Governo, já só é credível para incautos ou distraídos, para além de constituir uma total ausência de ética e de solidariedade com outras associações sindicais, que representam trabalhadores da mesma empresa.
A UGT nunca se substituiu, nem substituirá, aos seus Sindicatos, que são quem decide como melhor defender os direitos dos seus associados.
Por isso, a UGT não defendeu um Sindicato em detrimento de outros, como pretendia a Direcção do SNPVAC, mas apoiou os argumentos de quem sempre soube defender a TAP como companhia de bandeira ao serviço de Portugal e da lusofonia.
Os erros de avaliação da Direcção do SNPVAC são da sua exclusiva responsabilidade, assim como as suas consequências.
São os trabalhadores quem mais perde com esta decisão, que isola o SNPVAC e o afasta do movimento sindical plural e responsável que é apanágio da UGT.
A UGT e o seu Secretário-geral não aceitam a culpa dos erros da Direcção do SNPVAC e rejeitam a forma pública como quiseram tratar um assunto de índole sindical.
Os associados do SNPVAC decidirão. Mas com argumentos que sejam verdadeiros e não atirados para cima de outros, sobretudo devido à ausência de contraditório.
Rejeitamos ser “bode expiatório” da incompetência, da incapacidade negocial e da ausência de diálogo.
Estamos, porém, aos dispor de todos quantos nos procuram para sermos mais fortes na defesa dos trabalhadores portugueses.
Lisboa, 06 de Março de 2015
O Secretariado Executivo
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