sexta-feira, 25 de maio de 2012


O secretário-geral da UGT, João Proença, defendeu hoje em Ponta Delgada que Portugal "não pode apostar" em salários baixos e frisou que o acordo com a "troika" tem de ser cumprido, mas com "flexibilidade".

"Tem que haver moderação salarial, mas também tem que haver aumento de salários. A aposta em salários baixos é suicida, mal de nós se os salários não crescerem porque o comércio vai abaixo, as empresas que produzem para o mercado nacional vão abaixo e aumenta o desemprego", afirmou João Proença.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Secretariado Nacional da UGT – 10/5/12



Resolução
      Considerando que:
-          O desemprego atinge os valores mais elevados de sempre e continua a crescer;
-          O Governo faz previsões de evolução do desemprego que apenas reflectem a crise económica e consequente recessão (decréscimo do produto), parecendo ter-se demitido de combater ou controlar o aumento do desemprego;
-          Não existem políticas sectoriais dirigidas aos sectores em que o aumento de desemprego tem evoluído mais aceleradamente;
-          O IEFP, principal responsável pelas políticas activas de emprego, vive um clima de instabilidade face à não aprovação da lei orgânica e à indefinição relativa aos Centros de Empregos e aos Centros de Formação Profissional;
-          A actividade do IEFP tem vindo a diminuir no apoio dado aos desempregados, havendo uma diminuição do número de técnicos de emprego, apesar do aumento do número de desempregados;
-          A Segurança Social não tem sido factor de confiança e segurança, fundamental em tempos de crise, antes tem vindo a ser utilizada para combater o défice orçamental, com consequente redução do nível de protecção social que deve assegurar;
-          O Governo tem disposto do regime contributivo sem diálogo com os parceiros sociais, apesar do seu financiamento ser assegurado a 100% pelas contribuições dos trabalhadores e dos empregadores;
-          As estruturas de diálogo social na Segurança Social se encontram praticamente paralisadas.
O Secretariado Nacional da UGT decide que:
-          São indispensáveis e urgentes medidas de crescimento e emprego que contrabalancem as medidas de austeridade ligadas à redução do défice do Orçamento do Estado e do desequilíbrio das contas externas – só com Crescimento e Emprego haverá diminuição do desemprego;