quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

“TIREM AS MÃOS DO DIREITO À GREVE”

A UGT associa-se à Jornada Mundial em Defesa do Direito à Greve, promovida pela Confederação Sindical Internacional (CSI) sob o mote: “Tirem as mãos do Direito à Greve”.

O direito à Greve é inúmeras vezes o instrumento último que os trabalhadores e os sindicatos que os representam têm ao seu dispôr para fazer valer os seus direitos e para forçar a negociação e a obtenção de importantes compromissos e consensos, essenciais ao necessário equilíbrio de forças face a governos e empregadores.

Nesse sentido, é um elemento potenciador do diálogo e o instrumento democrático por excelência, enquanto legítimo modo de expressão dos trabalhadores.
O direito à Greve é assim um direito fundamental dos trabalhadores de todo o Mundo, encontrando-se consagrado e defendido enquanto tal em diversos instrumentos internacionais, desde a Convenção nº 87 da Organização Internacional do Trabalho à Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia à Carta Social Europeia.

Contudo, em todo o Mundo, muitos trabalhadores continuam a ver negado o seu direito à greve e, em 2012, na Conferência Internacional do Trabalho, os empregadores assumiram uma ofensiva contra este direito fundamental, tentando dissociá-lo da Convenção nº 87 da Organização Internacional do Trabalho e, consequentemente, retirá-lo do sistema de controlo daquela organização das Nações Unidas, impedindo a aplicação de medidas aos Estados em caso de violações do direito à greve.

Esta ofensiva tem continuado, tentando os empregadores, em várias sedes, expurgar o direito à greve das competências e do controlo dos organismos internacionais, esquecendo que este direito não pode deixar de ser visto como parte essencial e indissociável de um “pacote” de direitos que vão desde o direito de associação e liberdade de organização, ao direito de acção colectiva ou ao próprio direito à negociação colectiva.

Esta é uma posição que tem merecido a total rejeição e a mais veemente oposição por parte da Confederação Sindical Internacional, de todo o movimento sindical e, naturalmente, da UGT.
Em Portugal, o direito à Greve encontra-se consagrado na Constituição da República Portuguesa e no Código do Trabalho, sendo-lhe reconhecido o seu estatuto de direito fundamental.

Não deve porém ser esquecido que nem sempre foi assim, sendo este um direito que apenas foi reconhecido para todos os trabalhadores portugueses com o advento da democracia em Portugal.
Nem deve ser esquecido que, mesmo no nosso País, continuam a existir atropelos e violações do direito à greve e a tentativa de impor restrições e limitações contra as quais nos devemos sublevar.
O direito à Greve não pode ser dado como adquirido.

Nesta Jornada Mundial pelo Direito à Greve, unimo-nos para lutar pelo direito à Greve.

Neste dia, instamos o Governo Português que se junte a nós na defesa, em todas as sedes internacionais em que tem assento, contra a negação abusiva deste direito fundamental.

Neste dia, a UGT, junta a sua voz solidária a todos os que pelo Mundo se unem em torno do direito à greve afirmando em uníssono:

“TIREM AS MÃOS DO DIREITO À GREVE!”

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

TAXA DE DESEMPREGO DIMINUI EM 2014

De acordo com os dados hoje publicados pelo INE, em 2014 a taxa de desemprego em Portugal diminuiu para 13.9%, depois de ter atingido o valor mais alto de sempre em 2013 (16.2%).
Este valor traduz-se em 726 mil pessoas desempregadas, ou seja menos 129.2 mil (-15.1%) do que em 2013. O valor agora apresentado fica abaixo das previsões do Governo no Relatório do Orçamento de Estado para 2015, onde a previsão era de 14.2%.
Para a UGT, esta diminuição do desemprego é positiva mas deixa-nos algumas reservas uma vez que o fraco crescimento económico (1%) registado até ao 3º trimestre do ano (ainda não são conhecidos os dados do 4º trimestre) não é suficiente para uma diminuição do desemprego tão expressiva (- 15.1%).